Fui um entusiasta dos microsserviços e fiquei animado com as possibilidades que eles oferecem. A ideia de criar um sistema modular, escalável e distribuído, onde cada serviço pode ser desenvolvido e dimensionado independentemente é fascinante e nosso esforço é que essa abordagem traga flexibilidade e agilidade para nossos projetos.

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É importante ponderar melhor sobre o uso de microsserviços. Os desafios e complexidades associados a essa arquitetura não devem ser subestimados.

A história da Amazon com a transição de sua arquitetura de microsserviços para um monolito foi um  ponto de inflexão para mim. O fato de eles terem alcançado uma redução de 90% nos custos operacionais e uma simplificação do sistema ao adotar um monolito levanta questões importantes.

Embora a teoria dos microsserviços seja atraente, a implementação prática pode ser desafiadora. A fragmentação de um sistema em diversos serviços traz consigo a necessidade de gerenciar a comunicação entre eles, lidar com problemas de consistência de dados e garantir que todos os serviços estejam adequadamente sincronizados e esses desafios podem complicar desnecessariamente o desenvolvimento e a manutenção do sistema.

A introdução de serviços serverless , embora promissora em termos de dimensionamento automático e flexibilidade, também pode trazer sua parcela de complexidade e desafios. A latência de rede e a gestão de estado em ambientes sem servidor exigem uma atenção especial para evitar problemas de desempenho e inconsistências nos dados.

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Imagem: https://www.goodtechthings.com/after-serverless/


Entendo que a escolha da arquitetura deve ser feita de forma criteriosa, levando em conta as características do sistema, as necessidades da equipe e os objetivos do projeto.

Existem casos em que os microsserviços podem ser a melhor solução, especialmente para projetos de grande escala e equipes altamente especializadas. No entanto, é fundamental avaliar cuidadosamente os benefícios e os desafios associados a essa abordagem, para garantir que ela seja a escolha certa para o contexto específico em que estamos trabalhando.

Vamos focar em adotar uma abordagem mais equilibrada , considerando os prós e contras de diferentes arquiteturas antes de tomar uma decisão.

A tecnologia é um campo em constante evolução, e é importante estar aberto a novas ideias e abordagens , ao mesmo tempo em que exercemos um pensamento crítico sobre o que realmente atende às necessidades dos nossos projetos.

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Imagem: Arquitetura antes da mudança
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Imagem: Arquitetura depois da mudança


Aqui estão algumas fontes e referências que podem ser úteis para aprofundar sua compreensão sobre microsserviços e suas implicações:

  1. Martin Fowler - "Microservices" (martinfowler.com/articles/microservices.html): Martin Fowler é um especialista reconhecido em arquitetura de software, e seu artigo sobre microsserviços é uma leitura popular sobre o assunto.
  2. Chris Richardson - "Microservices.io" (microservices.io): Este site é uma excelente fonte de informações sobre microsserviços, fornecendo uma visão geral, padrões e práticas recomendadas, estudos de caso e exemplos de implementações.
  3. Sam Newman - "Building Microservices" (samnewman.io/books/building_microservices): Este livro explora os aspectos técnicos e organizacionais da adoção de microsserviços, incluindo padrões, testes, implantação e monitoramento.
  4. Amazon Web Services (AWS) - "Microservices on AWS" (aws.amazon.com/microservices): A AWS fornece uma série de recursos, estudos de caso e white papers que descrevem como projetar, implantar e operar microsserviços na plataforma AWS.
  5. Netflix - "The Netflix Tech Blog" (netflixtechblog.com): O blog de tecnologia da Netflix contém várias postagens que compartilham experiências e insights sobre a adoção de microsserviços em uma escala significativa.