O que deu certo — e o que flopou — nas previsões de “A Tecnologia de 2023”

Em março de 2023, escrevi um texto sobre as tendências tecnológicas que estavam moldando o mercado naquele momento.

Agora, com a vantagem do retrovisor de 2025, resolvi revisitar o post e avaliar o que deu bom… e o que ficou só na promessa.


🔐 Privacidade e Segurança Cibernética — ACERTO
Com o avanço da IA generativa, a preocupação com privacidade aumentou ainda mais. Modelos de negócios baseados em privacidade, criptografia de ponta a ponta e regulação de dados (como LGPD e GDPR) continuam ganhando força.

🗣️ Interfaces Naturais — MEIO ACERTO (mas com plot twist)
Enquanto assistentes de voz e RV seguiram uma curva tímida, as interfaces conversacionais com IA explodiram. O “natural” virou texto, e não voz ou gesto. O futuro chegou via chat, não via óculos.

⚙️ Automação e Robótica — ACERTO
Empresas automatizaram tarefas com IA, bots, RPA e modelos generativos. Robôs físicos evoluíram, mas o verdadeiro impacto veio da automação digital e do copiloto cognitivo no dia a dia do trabalho.

🌱 Sustentabilidade e Tech Verde — ACERTO EM MOVIMENTO
ESG saiu do discurso e virou critério de decisão em cloud, hardware, energia e arquitetura. A eficiência energética dos chips (como ARM) e os data centers mais “limpos” são exemplos reais.

🧬 Computação Quântica — FLOPOU (AINDA)
O hype segue alto, mas ainda estamos longe da adoção prática em larga escala. Por enquanto, fica como promessa para a próxima década.

🔗 Blockchain fora do mundo cripto — FLOPOU
O uso de blockchain em setores como saúde, logística ou rastreabilidade não decolou. Muito buzz, pouca aplicação concreta. Os NFTs então… nem se fala.

💡 O que realmente moldou o presente não foi previsto com destaque naquele post: a chegada massiva da IA generativa ao centro da tecnologia.
O resto? Alguns acertos, algumas ilusões — como sempre.

E você, o que previu (ou apostou) em 2023 que se confirmou ou desapareceu?


Estamos vivendo uma aceleração técnica, ética e operacional que redesenha as bases de como trabalhamos, inovamos e competimos.

Aqui estão as principais forças que estão moldando…

…a tecnologia em 2025


🤖 1. IA Generativa em Produção

Sai o hype, entra a operação. Modelos de linguagem estão agora embutidos em fluxos de trabalho, produtos e sistemas críticos. Automação, copilotos, análise de dados, atendimento, criação de conteúdo — tudo com IA assistiva e integrada.
A questão já não é mais “usar ou não”, e sim “como usar com responsabilidade e valor real”.


🧠 2. IA Privada e Focada

Modelos menores, locais e treinados com dados internos da empresa ganham espaço.
Privacidade, performance e controle direto substituem a dependência de APIs públicas.
LLMs proprietários, gateways privados e fine-tuning interno são a nova fronteira.


🔍 3. Observabilidade Total

A complexidade cresceu — e a necessidade de entender o que está acontecendo também.
Observabilidade de ponta (logs, métricas, tracing e até LLM observability) virou padrão técnico mínimo, não diferencial.
OpenTelemetry, Jaeger, Grafana e outros não são mais “dev tools”, são ferramentas de negócio.


🧬 4. Arquitetura Event-Driven e Composable

Empresas estão construindo plataformas modulares, onde sistemas se comunicam por eventos e serviços são componíveis como Lego.
Kafka, NATS, Supabase e orquestradores como Prefect e Airflow lideram a nova lógica: desacoplamento + flexibilidade + rastreabilidade.


🌍 5. Tecnologia com Consciência

Sustentabilidade, impacto social e ética digital não são mais discursos periféricos.
IA auditável, consumo energético transparente, diversidade em datasets e impacto climático viraram parte da conversa desde a arquitetura.


🛡️ 6. Segurança por Default

A segurança está sendo integrada em todos os níveis.
Zero Trust, MFA, criptografia ponta a ponta e controle de dados sensíveis são expectativas básicas, não diferenciais competitivos.
Plataformas inseguras simplesmente não sobrevivem ao mercado.


📲 7. Interfaces Invisíveis

A nova geração de interfaces não é visual, é conversacional, contextual e embutida.
Produtos agora respondem a comandos naturais, automatizam decisões e se adaptam dinamicamente ao comportamento do usuário.
O produto “invisível” está vencendo.


E o que vem agora?

2025 está ensinando que tecnologia não é sobre “novidade”, mas sobre impacto sustentável, integração real e execução consciente.

As empresas que vencerão são as que transformam tecnologia em vantagem estratégica com propósito.